O ser humano é insubstituível e a Inteligência Artificial veio para ajudar. Esse foi o entendimento comum a todos os participantes do “LegisTech: Modernização dos Parlamentos Subnacionais”, encerrado na noite desta sexta-feira (25), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. O evento promoveu compartilhamento de novidades trazidas por autoridades em aplicação e desenvolvimento de ferramentas de Inteligência Artificial Generativa em parlamentos ao redor do mundo. A experiência, na opinião dos presentes, vai contribuir com o uso de novas tecnologias em diversos países, contribuindo para a transparência, celeridade e melhoria da produção das casas legislativas.
Após um dia de debates enriquecedores sobre as ferramentas desenvolvidas de IA para transcrições de pronunciamentos, elaboração de projetos e otimização dos fluxos dentro dos parlamentos, representantes de poderes legislativos da Austrália e Reino Unido compartilharam os esforços na modernização dos trabalhos nessas casas através do uso de tecnologia. Em seguida, o diretor-executivo da Bussola Tech, Luís Kimaid, comandou um painel sobre preparações procedimentais que os parlamentos devem adotar para tecnologias emergentes.
Na discussão, o Conselheiro Legislativo da Câmara dos Deputados EUA, Wade Ballou, a secretária-adjunta do Parlamento de Queesland (Austrália), Bernice Watson; a Diretora Legislativa da ALRN, Tatiana Mendes Cunha; e o professor de Processo Legislativo, Luís Fernando Pires Machado, discutiram normas que devem ser adotadas na utilização dessas ferramentas. O professor Luís Fernando Pires, que atua no Senado Federal, explicou sobre a necessidade de atualização das normas das casas e da própria legislação vigente nos países como forma de se garantir um uso responsável e assertivo das novas tecnologias aplicadas.
No debate, os participantes enalteceram a importância dos servidores das casas para o desenvolvimento das ferramentas. A diretora Legislativa da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Tatiana Mendes Cunha explicou que boa parte das ideias que surgiram em seu setor foram fruto de conjunto de reuniões realizadas entre os servidores. Para a diretora, a transparência sempre tem que nortear as ações.
“A tecnologia deve ampliar o acesso da população ao Parlamento. Quanto mais transparente, melhor. As atividades legislativas devem ser transmitidas ao vivo, precisamos de repositores digitais e os relatórios das atividades dos parlamentares devem ser acessíveis online. A transparência deve sempre existir porque o cidadão quer saber o quê estamos fazendo e como estamos fazendo”, disse.
