O prefeito de Natal, Álvaro Dias, do PSDB, esteve neste final de semana em Brasília para um encontro político com o ministro Rogério Marinho. Certamente, o ministro, que é um dos maiores incentivadores da candidatura de Álvaro ao governo do Rio Grande do Norte, tentou convencê-lo a ser o candidato do sistema político do presidente Jair Bolsonaro no Estado.
O prefeito tem dito reiteradas vezes que ficará no cargo até o último dia do seu mandato, mas em política a palavra de hoje poderá não ser a de amanhã. Álvaro é considerado o melhor nome da oposição para disputar a eleição com a governadora Fátima Bezerra, do PT, em razão das pesquisas que colocam o prefeito de Natal bem posicionado. Portanto, essa viagem de Álvaro Dias a Brasília é bastante sintomática e pode fazer o prefeito mudar de pensamento e ser candidato a governador nas eleições do próximo ano.
A oposição à governadora Fátima Bezerra, do PT, precisa se unir para consolidar uma candidatura forte e competitiva ao Governo do Estado com chances reais de vitória na eleição de 2022. Alguns nomes foram citados até agora, a exemplo de Álvaro Dias, Rogério Marinho, Tomba Farias, general Girão Monteiro, e o prefeito de Ceará-Mirim, Júlio César. Entretanto, o nome precisa ser definido. Dessa lista, apenas Fábio Faria, Rogério Marinho e Álvaro Dias descartam uma possível candidatura a governador.
O nome mais cotado recentemente é o de Benes Leocádio, atual deputado federal, que tem como desafio juntar o grupo oposicionista em torno dele. Nos meios políticos comenta-de que, insatisfeito com a decisão de Rogério Marinho de disputar o Senado, Fábio Faria estaria articulando a candidatura de Júlio César, atual prefeito de Ceara-Mirim, para governador, que certamente resultaria na divisão do sistema “bolsonarista” no Estado, e em consequência o enfraquecimento da candidatura de Benes Leocádio, favorecendo, assim, a reeleição de Fátima Bezerra.
O exemplo de oposição dividida em eleições tem sido uma constante na política do Rio Grande do Norte e causado muitos estragos em opositores que se dividem em vez de agregar. No Rio Grande do Norte está caminhando para que isso aconteça em 2022.
Participando do I SEMINÁRIO DE ESTUDOS socio-economicos do Brasil promovido pela Universidade Estadual do Maranhão o professor Rivaldo Fernandes, mestre em Geografia pela UFRN e Doutorando em Ciências Sociais da PUC SP proferiu palestra sobre o desenvolvimento do Nordeste.
Sob inspiração do professor Mangabeira Unger, ex ministro, Rivaldo destacou os pontos básicos de um projeto de desenvolvimento para o Nordeste brasileiro baseado em 5 premissas: primeira premissa é que ” não há solução para o Brasil sem solução para o Nordeste ” enfrentando o problema da desigualdade e da pobreza. ; a segunda, é que temos que superar a ausência e o vazio de um projeto de desenvolvimento sustentável, econômico e includente para o Brasil. Estamos sem norte e sem rumo e a mercê de um modelo predador da natureza, que exclui a população dos benefícios do crescimento econômico.
A terceira é que o desenvolvimento tem que dar prioridade ao semiárido nordestino que representa um território de 80% deste bioma. O desenvolvimento tem que dá um salto e partir agora do sertão nordestino. E a quarta premissa é a Educacional no sentido de promover um choque de ciência e tecnologia na região. Irrigação, políticas de armazenamento das águas, tecnologias de reuso são desafios a serem enfrentados entre outros. A quinta premissa é que os limites e fragilidades ambientais dos recursos naturais terão que estar no centro da estratégia de desenvolvimento da Região. A sustentabilidade deverá ser uma preocupação central da proposta.
Com base nessas premissas inspiradas no professor Mangabeira Unger Fernandes apontou também 4 grandes eixos na proposta de desenvolvimento apresentada.
Primeiro, todas as propostas de desenvolvimento deve levar em conta a exaustão dos nossos recursos naturais, os efeitos das mudanças climáticas sobre o semiárido e a Destruição de nossa mata atlântica, da caatinga, a poluição dos rios, dos mangues, etc. Numa palavra, a sustentabilidade socio-ambiental.
Segundo eixo é a agricultura irrigada no caminho da industrialização agrícola. Um grande programa de armazenamento das chuvas e o reuso das águas do Nordeste são orientações primordiais. Uma mudança na estrutura secular das terras deverão ser considerado tambem como estratégia para o desenvolvimento do Nordeste. O terceiro eixo é que não se pode desenvolver o Nordeste sem incluir o semiárido da região. Milhoes de nordestinos vivem neste bioma genuinamente brasileiro num quadro de pobreza e desigualdade social. O quarto eixo é uma proposta educacional que dê um choque de ciência e tecnologia que insira as universidades, SEBRAE, BNB, faculdades e os institutos de tecnologias espalhados pelas cidades nordestinas.
Nesta iniciativa Rivaldo destacou a necessidade de resgatar a SUDENE, o DNOCS, a COVASF, O BNB como instituições do governo federal no planejamento e na coordenação das ações no rumo de fazer do Nordeste uma região desenvolvida e estratégica do Brasil.
Encerrando a palestra Rivaldo destacou a importância daqueles que pensaram o Brasil e o Nordeste citando os economistas Celso Furtado, da Paraiba, Romulo Almeida da Bahia, Inácio Rangel de São Luiz do Maranhao e a professora Tânia Bacelar de Pernambuco.
Os dirigentes nacionais do PV Washington Rio Branco, mediador, Denis Soares e Marcelo Silva participaram do seminário e abrilhantaram o evento com suas contribuições.
O Brasil, País, não merece nenhum dos dois. Não terá sossego e paz social com nenhum deles. Está manifestamente dividido. O radicalismo de um alimenta o outro.
O eleitor, todavia, segundo as pesquisas, não quer nada fora da bipolarização, prefere continuar comendo “m” com dois palitos.
Conquanto o “Corvo da Rua do Lavradio” já tenha advertido lá nos anos 60 que estatística (pesquisa) é como menino de recado, diz o que se manda dizer, na realidade, o cenário não é muito diferente do revelado pelas pesquisas: vai ser um dos dois, salvo uma ruptura no tecido político.
30 pariu 46; que pariu 64; que pariu 69; que pariu 85, que pariu o lulopetismo; que pariu o bolsonarismo.
Como filho não nasce sem mãe, em sequencial lúgubre, um não teria existido sem o outro.
Ao nosso genial Cascudinho é atribuída a frase o melhor do Brasil ainda é o brasileiro. Não acredito que tenha dito isto, exceto que seja uma ‘boutade’ cascudiana, após umas geladas na Confeitaria Delícia do português Olívio na velha Ribeira de guerra.
Nesse caso, peço licença ao mestre para trocar o ponto por ponto e vírgula e acrescentar: exceto, quando vai votar.
O ex-deputado Henrique Eduardo Alves não será candidato a nenhum cargo eletivo nas eleições do próximo ano, segundo uma fonte próxima ao ex-parlamentar norte-rio-grandense que esteve recentemente com ele. Se isso acontecer fica apenas minimizada a crise no MDB sem, no entanto, uma solução definitiva. O MDB é um partido presidido no Estado pelo Deputado Federal Walter Alves. Os dois, Walter e Henrique estão em conflito há algum tempo. Não se sabe se o MDB caminhará ao lado da Governadora Fátima Bezerra na eleição do próximo ano ou se fará uma composição político-eleitoral com o sistema do Presidente Jair Bolsonaro, opositor da Governadora no Rio Grande do Norte.
Questionada se Henrique Eduardo votará em Walter Alves em 2022, a mesma fonte, assegurou que “em hipótese alguma”, o que os afastarão definitivamente. Estaria também descartada uma candidatura de Garibaldi Filho ao Senado ou ser companheiro de chapa de Fátima Bezerra na condição de vice. Consta de que Garibaldi Filho disputará mandato de Deputado Estadual para potencializar a reeleição de Walter Alves. O motivo do recrudescimento da crise familiar no MDB era motivada por uma possível candidatura de Henrique Eduardo a Deputado Federal, o que parece afastada definitivamente. Resta saber agora qual será o destino do MDB nas eleições do próximo ano: se opta pela reeleição da Governadora Fátima Bezerra ou se faz aliança política com o sistema “bolsonarista” no Estado.