Presidente do União Brasil, ex-senador José Agripino, poderá ser candidato a deputado federal

Protagonista de uma das mais bonitas campanhas a governador do Rio Grande do Norte em 1982, quando venceu Aluízio Alves, o ex-senador José Agripino Maia volta a cena política do Estado e do País e provavelmente será candidato a um cargo público, talvez deputado federal, nas eleições de 2026, com chances reais de vitória. Primeiro, ele está alicerçando o seu possível novo projeto político ajudando na eleição de Paulinho Freire para prefeito de Natal, depois a eleição de Alisson Bezerra, jovem e promissor prefeito de Mossoró, para governador. Se isso ocorrer o ex-senador potencializa o seu futuro projeto de voltar ao parlamento como deputado federal. Filho do ex-governador Tarcísio Maia, com serviços prestados ao Estado, já que foi prefeito de Natal, senador e governador, José Agripino aparece surpreendentemente no espectro político quando muitos pensavam na sua aposentadoria da vida pública em razão do seu último insucesso eleitoral, coisa comum na atividade política. Ao contrário: ele é presidente do União Brasil, um partido importante nos contextos – estadual e nacional – e volta à cena política com desenvoltura. O ex-senador usa as redes sociais com frequência e participa de eventos políticos e sóciais. Nas suas entrevistas ele tem dito que não será candidato a nada e que o seu propósito é continuar ajudando ao Rio Grande do Norte. Entretanto, nada impede que ele mude de opinião e dispute uma vaga na Câmara Federal em 2026. Portanto, José Agripino poderá até não ser candidato a nada, mas é sintomático o comportamento do presidente do União Brasil e a sua maneira de agir, com desenvoltura e ocupando espaços importantes nas redes sociais, no rádio e na televisão. Eleições são permeadas de sucessos e insucessos nas urnas, algumas vezes por erros crassos na condução do processo eleitoral que poderão ser corrigidos na eleição seguinte.

Agripino: “Vamos trabalhar para eleger Paulinho Freire, agora e conquistar o Governo do Estado em 2026”

O presidente estadual do União Brasil, ex-senador José Agripino Maia, declarou em entrevista na TV Tropical na manhã desta quinta-feira que não será candidato a nada e que seu objetivo é trabalhar para fortalecimento do seu partido e a união do grupo político de centro-direita com vistas as eleições municipais desse ano e o governo do Estado em 2026. Garantiu ainda que não existem divergências no União Brasil e que ele (Agripino) continuará presidindo a legenda no Rio Grande do Norte. “Vamos trabalhar para eleger Paulinho Freire em outubro e conquistar o Governo do Estado em 2026”, disse ele. O presidente do União Brasil mostrou-se insatisfeito com o apresentador Salatiel de Souza que deixou o União Brasil e filiou-se ao PL para disputar a Prefeitura de Parnamirim, quebrando um compromisso assumido com ele (Agripino) e com o partido. “Nunca fui incorreto com ninguém”, disse o ex-senador, referindo-se a Salatiel, ressaltando que está apoiando a aliança política entre Nilda e Katia Pires, em Parnamirim. Concluindo, o presidente do União Brasil afirmou que outro compromisso seu é continuar trabalhando e ajudando o Rio Grande do Norte, mantendo a harmonia entre correligionários e aliados.

Romero: Potencial candidato a prefeito de Campina

Por Dyandro Pinheiro (advogado)

O SILÊNCIO DE ROMERO

Nesta arte de observar – de forma despretensiosa – o teatro político desta Paraíba, nunca vi uma habilidade tão duradoura e eficiente em se manejar o silêncio por um ator político como a do deputado federal Romero Rodrigues.

Gosto de acompanhar essas estratégias e seus desfechos.

O deputado não é tão hábil na oratória como outros políticos. Aliás, não existem mais na política desta província e da região oradores como o foram Ronaldo Cunha Lima, na Paraíba e Geraldo Melo, no Rio Grande do Norte; para citar apenas dois que pude assistir.

Romero é como o “matuto sabido”. Simples, agradável, respeitador, desprovido de soberba. E desse jeito, calado, se comunica e é falado, tomando o papel principal no palco pré-eleitoral. Participa de tudo em silêncio. Eventualmente – por gestos – deixa soltar alguma coisa, mas no limite de não se revelar para as curiosidades mais medonhas.

E nesse jogo, transita sem se expor a olhos e ouvidos, sob pena de apagar a luz no salão do arraial. Em técnica apurada, seu silêncio diz tudo e não diz nada. O professor da Sorbonne, Alan Corbin, na sua obra ‘História do Silêncio’ cita Salomão em seus provérbios, quando diz: “Retém as suas palavras o que possui o conhecimento, e o homem de entendimento é de precioso espírito.” Por esse exercício, há a possibilidade de ouvir e pensar, de modo que, quando falar, tenha algo importante a dizer.

Mas, o desfecho da peça é inevitável. Romero tem uma difícil decisão a ser tomada, escolhendo um caminho entre duas opções observáveis.
A primeira, continuar em seu mandato de deputado federal. Neste, vem se destacando; prova disso é que ocupa a liderança de seu partido (Podemos) e do segundo maior bloco partidário na Câmara. Mas, como deputado, não tem estrutura ampla de poder e, tampouco, possibilidade de decisão em assuntos locais. Permanecendo onde está, cumpre um mandato de deputado sem arrimo para impulsionar crescimento como liderança política em seu Estado.

A segunda, ser candidato a prefeito. Neste cenário – em se elegendo – teria oportunidade de se tornar uma liderança estadual. A Paraíba está desprovida de líderes políticos. Possui pseudo líderes que influenciam decisões sem ter mais praticamente vínculo algum com o Estado. Estranho! Sendo prefeito novamente, Romero iria readquirir uma estrutura importante de poder, que lhe foi tolhida por atores improváveis. Voltaria para um enredo em que decidiria atos e cenas, podendo escrever a peça com um desfecho que sonha. Para isso, precisa decidir entre perdas e ganhos, sendo assistido por uma plateia embevecida.

Nesse palco, lembramos dos versos do psiquiatra Ronald David Laing, no primeiro poema de ‘Laços’: “Eles estão jogando o jogo deles. / Eles estão jogando o jogo de não jogar um jogo. /”.

Senador do PODEMOS admite disputar o Governo do Estado em 2026

O senador Styvenson Valentim, do PODEMOS, diz não descartar uma possível candidatura ao Governo do Estado nas próximas eleições estaduais de 2026 se assim o povo do Rio Grande do Norte desejar. Entretanto, destacou que no momento continua enviando recursos de emendas parlamentares para os municípios potiguares, beneficiando, prioritariamente o setor da saúde e a malha viária do Estado, que segundo ele, está deplorável. Styvenson, que antes não dialogava com a classe política, afirmou ter mudado o comportamento por entender que não se governa sozinho, mas continua combatendo a corrupção e as práticas delituosas de gestores públicos. Questionado sobre o relacionamento com o senador Rogério Marinho, do PL, também postulante ao Governo do Estado, ele diz ser bom e que certamente caminharão unidos na próxima eleição municipal e na estadual, também. Styvenson transformou-se num político marqueteiro, usando as redes sociais para divulgar as ações do seu mandato e emitir declarações polêmicas cujo objetivo é ter visibilidade e potencializar seu capital eleitoral pensando no resultado das urnas nas eleições de 2026. O dia a dia do senador do PODEMOS consiste na sua presença para participar dos trabalhos no Senado da República semanalmente e viagens ao interior do Estado para contato direto com a população e anunciar o envio de recursos – através de Emendas – Parlamentares – para os municípios, inclusive Natal. Segundo ele, é uma forma de ajudar e prestar contas do seu mandato ao povo do Rio Grande do Norte que o elegeu senador. Styvenson não deve ser subestimado e poderá se transformar na surpresa da eleição de 2026 para o Governo do Estado.





Ministério Público cria painel para mostrar gastos dos municípios com festas

É louvável a decisão do Ministério Público de criar um painel para mostrar à população os gastos dos municípios com festas, comemorações e outras despesas na maioria das vezes supérfluas e desnecessárias, apenas para exercício do culto à personalidade, no caso aos prefeitos ávidos por votos e a vitórias nas urnas. A verdade é que está havendo abusos por parte dos gestores públicos de práticas nocivas que acontecem há anos, impunemente. São verdadeiras farras com o dinheiro do contribuinte, que deveria ser usado na saúde, educação e segurança. O Brasil devia ser psssado a limpo, começando pelo Poder Judiciário que continua esbanjando dinheiro com mordomias absurdas e injustificáveis. O comportamento de descaso continua incólume e impune, não se podendo generalizar, pois existem profissionais sérios, cumpridores dos seus deveres e obrigações, entretanto inseridos num contexto histórico de um sistema de desmandos e aproveitamentos ilícitos. O maior golpe protagonizado pela justiça, recentemente, foi extinguir a operação Lava Jato, uma decisão que se dizia moralizadora e eficiente no combate à corrupção, notadamente ao roubo do dinheiro público no Brasil. Pior: os envolvidos, julgados e presos foram soltos vergonhosamente infringindo a lei e burlando a Constituição Brasileira. E “estão livres para voltar à cena do crime”, como dizia o ex-governador Geraldo Alckmim, hoje, vice-presidente de Luiz da Silva.