O povo está enterrando seu próprio destino

Desmatamento, principalmente de matas ciliares, que protegem rios e lagos, invasão de leitos de rios com lixos e dejetos – industrial e domiciliares – é certamente a principal causa do desastre verificado no Rio Grande do Sul e em várias outras cidades brasileiras, causando prejuízos materiais e pessoais, também. Significativa parcela desse desastre é culpa dos humanos que degradam a natureza. Não é preciso ser especialista para saber sobre essa realidade cruel e comprometedora, que é também responsabilidade de governos omissos, incompententes e inoperantes. Uma observação: nesse contexto de desordem generalizada pode-se incluir a cidade de Natal que também sofre as consequências desse descaso há vários anos. É preciso que os governos enfrentem o problema com coragem e determinação e a população se conscientize do dever e a obrigação de preservar a natureza para a sobrevivência humana e animal. A continuar assim, o povo está enterrando o seu próprio destino. Chega de hipocrisia e discursos falaciosos e enganadores como se observa nesse momento de tristeza e dor.

Lula está perdendo o comando do PT

A saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras é uma grande perda para o Rio Grande do Norte pelo que ele representa para o Estado, notadamente no setor de energia renovável. Jean é um técnico qualificado que tem serviços prestados e poderia continuar ajudando ao setor, que além de importante economicamente, pois gera emprego e renda para a população, é estratégico. É a tal história: em determinados momentos a política pune a competência. Cadê o prestígio da governadora Fátima Bezerra junto ao seu guru, Lula da Silva, para manter Jean Paul na presidência da mais importante estatal do País? Jean é um importante quadro do PT, mas vem sendo “sacaneado” pelos seus próprios “companheiros”, inclusive os “donos” do PT aqui no Estado. Tudo indica que Luiz da Silva vem perdendo o controle da sigla no Brasil e aqui no Estado também, e vem sendo, inclusive, ultrapassado por ingerência de ministros como Rui Costa e Alexandre Padilha que arquitetaram a demissão de Jean Paul da Petrobras. Com a saída de Jean Paul da presidência da Petrobras perde o Rio Grande do Norte e o seu povo.

PLANO FRUSTRADO

Por Carlos Alberto de Sousa, engenheiro agrônomo

Quando nos detemos sobre a pujança do agronegócio brasileiro, logo deparamos com o seguinte questionamento: o que torna o segmento tão bem-sucedido no Brasil? Que fatores contribuem para isso?

Quatro grandes fatores são responsáveis por esse sucesso. Dentre eles, podemos mencionar alguns, como a abundância dos nossos recursos naturais; os sucessivos ganhos de produtividade observados nas explorações, fruto da pesquisa e da tecnologia; e o empreendedorismo dos nossos produtoresrurais. 

Nesse elenco de fatores, um outro não pode ser desprezado: o apoio governamental através da política agrícola de crédito rural. O desempenho histórico da safra brasileira de grãos muito deve a esse instrumento que tem contribuídosignificativamente para o sucesso do agronegócio nacional, cujo Produto Interno Bruto (PIB) representou em 2023, 23,8% do PIB do País, não obstante a queda de 2,99% observada por conta, principalmente, das adversidades climáticas ocorridas naquele ano (dados do Cepea de 26/03/2024). 

No que tange a essa política creditícia direcionada ao setor, emque pese a cada plano safra o governo acenar com mais recursos para o financiamento das atividades, no entanto vem se observando nos últimos anos uma acentuada concentração dos empréstimos em programas de crédito que utilizamrecursos livres dos agentes financeiros, cujas taxas de jurossuperiores a 17% ao ano (taxas praticadas atualmente pelos agentes financeiros) impedem o acesso dos pequenos e médios produtores ao crédito rural, notadamente aqueles inseridos noSemiárido brasileiro. Nessa região, são raras as explorações rurais que suportam encargos financeiros tão elevados.

Linhas de financiamento como, por exemplo, a do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que beneficia produtores rurais com renda bruta anual de até R$3 milhões com taxa de juros de 8% ao ano, e cuja previsão de desembolso no Plano Safra 2023-2024 é de R$61,4 bilhões, logo nos dois primeiros meses de vigência do Plano teve seus recursos esgotados. Em face disso, os produtores enquadráveis nesse programa que necessitavam desses recursos tiveram que recorrer a outras linhas com encargos financeiros muito mais elevados.

Nos financiamentos praticados na vigência do Plano Safra 2021-2022, em que o desembolso atingiu R$315 bilhões, o montante dos recursos financiados a taxas livres foi de R$137,22 bilhões. No Plano Safra 2022-2023, o total de recursos livres desembolsados chegou a R$ 154,68 bilhões, de um volume total aplicado de R$359 bilhões. Nesse momento, a dois meses do final do Plano Safra 2023-2024, já foram aplicados R$168 bilhões de recursos livres, dos R$364 bilhões anunciados para o referido ano agrícola (ver Matriz de Dados do Crédito Rural do Banco Central em www.bcb.gov.br).

Os números acima revelam que o aporte financeiro do crédito rural governamental com recursos livres cresce a cada novo Plano Safra, medida que se de todo não é tão ruim, pois, afinal, são mais recursos para compor o funding de financiamento do setor rural, mas que, no entanto, deixa frustrados os pequenos e médios produtores rurais do nossopaís.

Almeja-se que o Plano Safra 2024-2025, que daqui a poucos dias será anunciado, contemple mais recursos para esse segmento de médios produtores e contenha dispositivos para resolver alguns problemas que já há algum tempo vêm tirando a tranquilidade de parcela significativa do contingente de produtores desse país, como é o caso dos produtores de leite, em que o enorme volume de leite importado da Argentina e do Uruguai acarretou o recuo de 21% no preço do leite recebido pelos produtores ao longo de 2023 e 2024, além da queda de 67% na margem bruta da atividade, o menor valor já registrado desde 2017.

Senador Marconi Perillo, presidente do PSDB nacional, participa do Encontro com Tucanos Potiguares

O presidente nacional do PSDB, senador Marconi Perillo desembarca em Natal nesta sexta-feira (10), onde concede entrevista coletiva, antes do evento “Encontro com Tucanos Potiguares”, que acontece a partir das 9h30, no auditório Cortez Pereira, da Assembleia Legislativa.

Ao lado do presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira e deputados, Perillo vai dialogar com prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e pré-candidatos do PSDB, de diversas regiões do Rio Grande do Norte. Governador de Goiás por quatro mandatos, deputado federal e senador, o presidente nacional do PSDB tem viajado pelo Brasil promovendo uma série de encontros estratégicos para mobilizar as lideranças regionais e fortalecer o partido para as Eleições de 2024. Perillo quer incentivar a participação ativa dos filiados potiguares este ano, e busca o apoio necessário para manter o partido forte no Rio Grande do Norte, que hoje é um dos cinco maiores do Brasil.

Para as Eleições 2024, os tucanos potiguares continuam crescendo. De acordo com o Sistema de Gerenciamento de Informações Partidárias (SGIP3), o partido liderado por Ezequiel Ferreira está vigente em 133 municípios, marcando presença em todas as regiões do Estado.

Eleição deverá ser definida no segundo turno entre Paulinho Freire e Carlos Eduardo

O cenário político na capital mudou radicalmente após o anúncio do prefeito Álvaro Dias, do Republicanos, definindo o candidato que apoiará nas eleições de outubro. Paulinho Freire do União Brasil é o indicado para disputar o pleito que será realizado em outubro, certamente unindo o segmento do centro e da direita conservadora. A partir de agora vai predominar o candidato que tiver maior poder de articulação para fazer alianças políticas e apresentar propostas viáveis para conquistar o voto do eleitor. Vai ser testada a capacidade de transferência de votos do prefeito Álvaro Dias que parece bem avaliado pelos natalenses em razão do trabalho que realiza na capital. O prefeito transformou a cidade num verdadeiro “canteiro de obras” como se diz no jargão popular. Segundo especialistas, o segundo turno entre Paulinho Freire e Carlos Eduardo está assegurado, e nessas circunstâncias acontecerá outra eleição com características diferentes. Será outra realidade. O questionamento é o seguinte: o prefeito Álvaro Dias vai se empenhar na campanha para eleger Paulinho Freire? O próprio Álvaro disse que sim, já que precisará de um bom suporte para potencializar o seu novo projeto político em 2026. Álvaro deseja ser senador ou até mesmo governador do Estado, dependendo do cenário na ocasião. O pré-candidato Carlos Eduardo, do PSD, tem que mudar sua forma de fazer política saindo do “eu sozinho” para agregar apoios e capital eleitoral, o que não tem sido uma prática contumaz do ex-prefeito. Ele sempre foi criticado pela forma desagregadora como faz política desde quando entrou na vida pública pelas mãos do primo Garibaldi Filho. O desafio está lançado e quem for convincente, agregador e conciliador certamente levará vantagem e será o futuro prefeito de Natal.