“Aliança da Indiferença”

“Aliança da indiferença”. Assim está sendo chamado o entendimento político-eleitoral entre PT, MDB e PDT com vistas as eleições de outubro. Por vários aspectos. Fátima Bezerra, Garibaldi Filho, Walter Alves e Carlos Alves(ex-prefeito de Natal), não se completam, já que num passado recente foram adversários em várias oportunidades e agrediam-se verbalmente. Entretanto, é justo lembrar, que em alguns momentos tiveram convivência pacífica em função de conveniências pessoais. Garibaldi Filho foi ministro de Dilma Roussef, enquanto Henrique Eduardo (ex-PMDB), foi ministro de Luiz da Silva, então presidente da República. Fátima Bezerra, radical do PT, era a mais “assanhada” nas críticas ao antigo PMDB de Garibaldi e Walter, inclusive responsabilizando-os pelo atraso do Rio Grande do Norte ao longo dos anos de mando da família Alves. Carlos Alves, do PDT, indicado por Antenor Roberto para ser o senador do esquema petista/pecebista, não tem a simpatia nem o apoio da maioria governista sob a alegação de ser inconfiável e ter votado em Jair Bolsonaro. Além disso, os primos do ex-prefeito e novo companheiro-forçado dos petistas, não gostam dele. Carlos Alves trocou a família pelo Poder e não tem sido um parente atencioso e grato pelo que recebeu, principalmente de Garibaldi Filho, responsav el pela sua entrada na vida pública. Portanto, são fatos e constatações que podem influir na posição do eleitorado na hora do voto.

Fátima Bezerra comete gafe ao dizer que Jean e Antenor são seus candidatos do coração

É visível o constrangimento da governadora Fátima Bezerra, do PT, com a decisão dela mesma de aliar-se a partidos adversários históricos no caso o PMDB, atual MDB, presidido no Estado pelo deputado Walter Alves e PDT do ex-prefeito Carlos Alves. A situação mais grave é gerada pelo ex-prefeito de Natal cujo nome continua sendo rejeitado por importantes segmentos do PT. A tendência são os insatisfeitos petistas votarem em Rafael Motta para senador em vez de Carlos Alves, contribuindo, assim, para uma provável derrota do pedetista nas urnas. A dispersão desse contingente insatisfeito enfraquece a candidatura de Carlos Alves a senador e em consequência potencializa a candidatura de Rogério Marinho, do PL. Também poderá tornar competitiva a candidatura do próprio Rafael Motta, do PSB, na disputa para o Senado da República. Durante evento recente a governadora Fátima Bezerra cometeu uma gafe ao dizer que seus candidatos “de coração” a senador e a vice-governador são Jean Paul Prates e Antenor Roberto, respectivamente, esquecendo que ela (governadora), é a principal articuladora desta aliança que teve o ex-presidente Luiz da Silva como seu principal “fiador”. A declaração da governadora causou perplexidade junto aos indicados, Carlos Alves (Senado) e Walter Alves (vice) e o episódio foi considerado deselegante junto aos novos aliados. O ex-prefeito de Natal, Carlos Alves também está sendo questionado pelo fato de subir no palanque do PT mas não votará no ex-presidente Luiz da Silva, já que seu partido, o PDT terá Ciro Gomes como candidato a presidente da República.

Rosalba Ciarlini: atraso e retrocesso

O Rio Grande do Norte parece estar submetido ao atraso e ao retrocesso administrativo, compulsoriamente. Há poucos dias o nome de Rosalba Ciarlini foi lembrado para o Governo do Estado por algumas lideranças políticas através de jornais e redes sociais. Trata-se de um absurdo sem igual, já que a ex-prefeita de Mossoró, na condição de governadora, fez uma administração medíocre, marcada pela incompetência e denúncias de supostas irregularidades, cujo processo está tramitando na justiça e precisa ser esclarecido à população. Além disso, a então governadora atrasou salários do funcionalismo. O básico que qualquer governante precisa fazer é pagar em dia a quem trabalha. Ninguém se lembra mais disso e agora fazem apologia à volta da incompetência. Basta de gestores despreparados que não pensam num Estado desenvolvido e promissor, atendendo as necessidades básicas do seu povo. O que foi que Rosalba Ciarlini deixou como legado para o Rio Grande do Norte e para o seu povo a não ser o convencional e a marca da incompetência administrativa e de um Estado falido e sem perspectiva de futuro? Realmente, “cada povo tem o governo que merece”.

Bom uso das Redes Sociais poderá definir eleição este ano

A influência das mídias sociais e o seu uso com competência e racionalidade pelos candidatos deve prevalecer no pleito de outubro no País inteiro. No Rio Grande do Norte a situação é de total indefinição para o Governo do Estado, e quem se considerar eleito poderá ter surpresas desagradáveis nas urnas. Historicamente, o sistema governista tem um séquito de bajuladores “cantando” vitória para agradar o chefe ou a chefe de plantão, escondendo a realidade num ambiente do já ganhou. Seguidores de Fátima Bezerra, do PT, têm como certa a vitória da governadora no seu projeto de reeleição, enquanto a oposição, que tem Fábio Dantas como candidato a governador, mostra-se cautelosa, mas deligente. Um aspecto a ser considerado é o expressivo contingente de eleitores jovens que exercerão o seu primeiro voto. Uma incógnita. É importante para o candidato a formação de uma boa assessoria com pessoas habilitadas para usar as redes sociais, deixando o candidato livre para suas incursões e contatos diretos com os eleitores. De preferência, sem intermediários. O uso dos programas eleitorais no rádio e na TV também serão importantes para massificação do nome do candidato e das suas propostas e soluções para resolver os problemas do Rio Grande do Norte. A boa prática política recomenda prudência aos candidatos, já que até agora não tem nada definido e o pleito caminha para um segundo turno. Fátima Bezerra lidera as pesquisas no momento, mas isso é relativo e não significa vitória antecipada. O pleito num segundo turno é outra eleição e consequentemente uma outra realidade. As forças de oposição certamente se unirão e o resultado pode surpreender a atual líder nas pesquisas no momento.

Executiva Nacional do PDT deve intervir no diretório local e tirar Carlos Alves da presidência

A Executiva Nacional do PDT está examinando a possibilidade de intervir no Diretório Estadual do partido no Rio Grande do Norte, promovendo assim, a saída do atual presidente, Carlos Alves, ex-prefeito de Natal, devido sua posição de dubiedade no processo político-eleitoral deste ano. O ex-prefeito decidiu se “acoloiar” com o PT para ser candidato a senador e votar em Luiz da Silva (ex-Lula) e Fátima Bezerra, mesmo com o seu partido tendo Ciro Gomes, pré-candidato à presidência
da República. Fala-se nos meios políticos que o substituto de Carlos Alves na presidência do PDT local está sendo conversado e os entendimentos adiantados. O nome, segundo uma fonte revelou ao blog, será divulgado brevemente. Carlos Alves nunca foi assimilado entre petistas devido sua biografia que tem como agravante a “alcunha” de traidor e descumpridor de compromissos. Isso aconteceu em várias oportunidades da sua conturbada trajetória política. Um exemplo emblemático foi o afastamento dele da sua própria família para se aliar a Wilma de Faria, que posteriormente abandonou-a política e pessoalmente. Seguiram-se vários outros exemplos que comprovam o comportamento arrogante, personalista e desagregador de Carlos Alves. Além disso, ele não conseguiu estruturar o PDT no Rio Grande do Norte por incompetência e preguiça, tornando-se assim, um dirigente partidário medíocre e desorganizado, a exemplo das suas desastradas administrações à frente da Prefeitura Municipal de Natal. Hoje, Carlos Alves colhe o que plantou e num futuro próximo pode se transformar num dos principais responsáveis por uma eventual derrota da recandidata Fátima Bezerra ao Governo do Estado nas eleições deste ano.