Legal, mas imoral

Ainda repercute negativamente em todo o Estado o episódio das diárias e passagens aéreas recebidas pela governadora Fátima Bezerra, do PT. Ela recebeu os benefícios para se deslocar de Natal a São Paulo onde estava agendada uma visita a diretores da FIESP, mas na verdade o propósito era para participar da fausta cerimônia de casamento do seu guru, Lula da Silva. A governadora, com sua atitude, extemporânea e pouco republicana contrariou princípios seus de combate a gastos públicos desnecessários num Estado pobre e dependente. Fátima Bezerra traiu seu passado de sindicalista aguerrida e defensora da moralidade. É bom ressaltar que o recebimento de diárias e passagens por parte de governadores é um ato legal, mas nem tudo que é legal é moral. A atitude da governadora torna-se mais grave pela premeditação do ato de provocar a coincidência da viagem de interesse do Estado na FIESP com o casamento milionário de Lula da Silva.

Apoiadores satisfeitos com desempenho de Fábio Dantas na pesquisa

Apoiadores do pré-candidato ao governo do Estado, Fábio Dantas, do SOLIDARIEDADE, ficaram satisfeitos com o resultado da última pesquisa “SETA” registrando um porcentual de 10 por cento para o candidato oposicionista. Entendem que a tendência é de crescimento por várias razões, entre elas, baixa rejeição do pré-candidato de oposição, ao contrário da sua principal opositora, Fátima Bezerra, do PT, cujo governo está sendo desaprovado por um alto porcentual do povo norte-rio-grandense. Além de não ter rejeição, Fábio Dantas integra a lista de políticos da nova geração do Estado e é considerado um estudioso do novo modelo de gestão pública que pretende implantar no Rio Grande do Norte, eleito governador. A expectativa agora, é a escolha do companheiro de chapa do pré-candidato do SDD que os oposicionistas esperam ser um nome agregador de capital eleitoral objetivando vencer o pleito já no primeiro turno. Outra expectativa e objetivo da oposição é unir o sistema para derrotar e tirar do Poder a atual governadora petista, Fátima Bezerra, que está tendo dificuldades para formação da chapa majoritária. Petistas sectários não aceitam o ex-prefeito Carlos Alves como candidato a senador e o atual vice, Antenor Roberto, do PCdoB, que foi retirado da chapa está “estrebuchando” para ser aproveitado como primeiro suplente de senador. O pré-candidato Fábio Dantas, tem destinado significativa parte do seu tempo para contatos com lideranças políticas, tanto no interior quanto na capital, principalmente recebendo demandas da população para ajudar na formatação de um plano de governo que atenda as necessidades do povo do Rio Grande do Norte.

Gestores perdulários

Gestores públicos, sejam eles, prefeitos ou governadores, que usam dinheiro público para pagar shows milionários a artistas, a exemplo de Weslei Safadão, em momentos de datas comemorativas, estão agindo irresponsavelmente e na contramão da história. Deviam ser impedidos pelo Ministério Público dessa prática danosa e perdulária, principalmente no momento em que o Brasil vive uma crise sem igual na sua história. Tem-se notícia de que a Prefeitura de Mossoró irá pagar 600 mil reais ao cantor Wesley Safadão para ele rebolar no palco por alguns minutos. Enquanto isso, está faltando dinheiro para a saúde, educação e segurança pública. Essa gente precisa saber que o Brasil está mudando. Esse dinheiro deveria ser gasto na melhoria dos serviços prestados à população. Ao contrário: os recursos estão sendo gastos irresponsavelmente para pagar os “safadões” da vida. Um absurdo.

Vice, Antenor Roberto, é substituído por “desidratação” eleitoral

Antenor Roberto, atual vice-governador do Estado, está sendo retirado da disputa eleitoral deste ano por “desidratação” eleitoral, segundo um ditado da política direcionado para quem não tem votos. Mesmo assim, Antenor Roberto insiste em ser aproveitado na chapa majoritária na condição de primeiro suplente de Carlos Alves. Antenor é um fiel seguidor das orientações de Fátima Bezerra, e integra a lista dos íntimos da governadora, mas em eleição isso não vale quase nada. Um vice tem que agregar capital eleitoral numa chapa majoritária e suporte financeiro, também. Antenor não tem nenhum dos dois ítens, segundo um estudioso da política do Rio Grande do Norte, Carlos Alves insiste em ser o senador de Fátima Bezerra na “marra”, a revelia de petistas históricos que não querem ouvir falar no nome do ex-prefeito de Natal em hipótese nenhuma. O vice governador do Estado, Antenor Roberto, do PCdoB, continua defendendo o que é praticamente indefensável: a permanência do ex-prefeito Carlos Alves, do PDT, na chapa situacionista como candidato a senador nas eleições de outubro, inclusive irritando o senador Jean Paul Prates, candidato natural ao senado. Antenor Roberto, através de entrevistas em emissoras de rádio, insiste nessa hipótese contrariando a militância do PT que não quer ouvir falar no nome de Carlos Alves. Nos meios políticos, é praticamente certa a substituição de Carlos Alves motivada pelo sobrenome “Alves” e pelo seu histórico de inconfiável.

Inconfiabilidade e prepotência podem ser razões principais para substituição

O ex-prefeito de Natal e pouco provável candidato a senador, Carlos Alves, deverá mesmo ser substituído na disputa como aliado da governadora Fátima Bezerra. Por várias razões. Primeiro: segmentos majoritários do PT não suportam Carlos Alves, principalmente pela fama de traidor, prepotente e desagregador; segundo: existem pendências no Tribunal de Contas em razão de prestação de contas irregulares que se o tribunal decidir cumprir sua obrigação enviando a matéria para o Poder Legislativo e a Câmara Municipal de Natal votar em plenário poderá lhe tornar inelegível; terceiro: Carlos Alves está querendo tomar o lugar de Jean Paul Prates, um petista fiel à governadora que está representando bem o Rio Grande do Norte no Senado da República; quarto: petistas entendem que o ex-prefeito não tem os votos que acredita ter em Natal, principalmente pela péssima administração, e em razão disso não ajudará, praticamente em nada, à reeleição de Fátima Bezerra. Portanto, por essas e outras razões, Carlos Alves deverá mesmo ser substituído, a exemplo do vice, Antenor Roberto, que é zero à esquerda em termos de voto para potencializar a candidatura de Fátima Bezerra. Além disso, nesse “acordão”do sistema governista tem o complicador de ter muitos Alves no “esquema”da governadora representado por Walter Alves (vice de Fátima), Garibaldi Alves (candidato a deputado federal) e Henrique Alves (também candidato a deputado federal). Esse “filme” de juntar muitos “caciques”num mesmo palanque já foi visto no Rio Grande do Norte em eleições não muito distantes e o resultado foi adverso para surpresa geral. Não duvidem se o fenômeno acontecer novamente nas eleições de outubro próximo.