Ezequiel Ferreira pode surpreender e ser decisivo em 2026

À medida que se aproximam as eleições de 2026, o cenário político do Rio Grande do Norte começa a se redesenhar com novos arranjos e articulações. Nesse contexto, o deputado Ezequiel Ferreira, presidente da Assembleia Legislativa, desponta como uma das figuras mais estratégicas do tabuleiro político estadual. Seu apoio, e até sua eventual candidatura, poderá ser determinante no resultado do pleito.

Embora mantenha atualmente uma aliança administrativa com a governadora Fátima Bezerra, Ezequiel tem adotado uma postura cautelosa e independente. Nos bastidores, cresce a expectativa de que ele poderá não apoiar o nome indicado pelo governo e, mais do que isso, surgir como uma alternativa própria. Já há articulações em curso que apontam para a possibilidade de Ezequiel ser o nome de consenso da oposição para disputar o Governo do Estado.

Entre os principais atores desse campo, o senador Rogério Marinho vem se consolidando como liderança da oposição, enquanto o ex-senador José Agripino Maia, hoje presidente do União Brasil no RN, atua nos bastidores como articulador político. Com a recente fusão entre o União Brasil e o Progressistas, nasce o União Progressista, partido que tende a ter papel ainda mais relevante nas eleições de 2026.

Ezequiel, com sua base sólida no interior e capacidade de diálogo com diferentes grupos políticos, pode não apenas influenciar, mas protagonizar a disputa. Seu nome sendo cogitado como opção de consenso entre as forças oposicionistas reforça sua importância e amplia seu espaço nas conversas estratégicas que moldarão a sucessão estadual.

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União Progressista no RN: Reconfiguração Política e Disputa de Liderança

A recente formação da União Progressista, federação resultante da união entre União Brasil e Progressistas (PP), já provoca impactos significativos na política do Rio Grande do Norte. Com 109 deputados federais e 14 senadores, a nova sigla se tornou a maior força no Congresso Nacional, superando o PL e a federação PT-PCdoB-PV .

No cenário potiguar, a fusão desencadeou uma disputa pelo comando da nova federação. De um lado, o ex-senador José Agripino Maia, figura histórica da política local e nacional, busca retomar protagonismo. Do outro, o deputado federal João Maia, atual presidente estadual do PP, também almeja liderar a União Progressista no estado .  

A base política da nova federação no RN é robusta. Segundo dados recentes, o PP conta com 20 prefeitos, um deputado federal e um estadual, enquanto o União Brasil possui 28 prefeitos, dois deputados federais e dois estaduais . Essa estrutura fortalece a União Progressista como uma força relevante no estado, com potencial para influenciar as eleições municipais de 2024 e as gerais de 2026. 

Apesar de ainda não haver definições claras sobre a liderança da federação no RN, a disputa entre Agripino e João Maia indica uma reconfiguração das alianças políticas locais. A União Progressista surge como uma alternativa de centro-direita, buscando consolidar sua presença no estado e se posicionar como uma força de oposição ao governo federal. 

Com uma base sólida e lideranças experientes, a União Progressista promete ser um ator central na política potiguar nos próximos anos. A definição de sua liderança estadual será crucial para determinar os rumos da federação no Rio Grande do Norte.

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A camisa vermelha da Seleção Brasileira e o desrespeito à tradição

Nos bastidores da preparação para a Copa do Mundo de 2026, a notícia de que a CBF pode adotar uma camisa vermelha como uniforme alternativo da Seleção Brasileira causou forte reação. A possível substituição da clássica camisa azul, eternizada em conquistas históricas como a final de 1958, por um modelo vermelho é, para muitos, uma decisão que fere a tradição e apaga parte da identidade nacional no futebol.

A camisa azul não é apenas uma segunda opção. Ela carrega simbolismo, memória e glórias. Foi com ela que Pelé brilhou, que Romário levantou torcidas e que Ronaldo se consagrou. Ignorar esse legado em nome de uma cor que nunca representou o Brasil em campo, e que carrega outras conotações políticas e sociais, é desrespeitar a memória da Seleção e o sentimento do torcedor.

Em um momento em que a CBF deveria buscar reconectar a Seleção com seu povo, apagar uma camisa histórica como a azul para lançar uma vermelha soa como um retrocesso e, pior ainda, como uma jogada de marketing mal calculada.

O futebol brasileiro precisa de renovação, sim, mas sem abrir mão do que somos. A camisa azul faz parte da nossa história. Não deve ser relegada ao esquecimento por decisões que ignoram o peso do nosso passado.

Foto: Divulgação/redes sociais

Eriko Jácome assina convênio para emissão gratuita de RGs em parceria com o Governo do Estado

O presidente da FECAM-RN, Eriko Jácome, assinou nesta terça-feira (29) um importante convênio com o Governo do Estado, por meio do ITEP/RN, que vai viabilizar a emissão gratuita de carteiras de identidade em todos os municípios potiguares. A solenidade contou com a presença da governadora Fátima Bezerra e de outras autoridades estaduais.

A iniciativa faz parte do Programa Identidade para Todos e contará com o apoio direto das Câmaras Municipais, facilitando o acesso da população, principalmente nas cidades do interior. Em Natal, a Câmara já cedeu espaço para funcionar como central de emissão de RGs.

“Essa é uma vitória para todos os potiguares. Temos o compromisso de ampliar o acesso à cidadania por meio da documentação básica”, afirmou Eriko Jácome.

A expectativa é de que milhares de documentos sejam emitidos nos próximos meses, promovendo cidadania de forma descentralizada e eficiente

PF investiga desvio de R$ 48,7 milhões destinados à compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste

A Polícia Federal está conduzindo uma investigação sobre o desvio de R$ 48,7 milhões pagos antecipadamente em 2020 pelo Consórcio Nordeste à empresa Hempcare para a aquisição de 300 respiradores pulmonares que nunca foram entregues. A Hempcare, especializada em medicamentos à base de cannabis e sem experiência prévia na venda de equipamentos hospitalares, transferiu integralmente os recursos recebidos para diversas pessoas físicas e jurídicas sem ligação com a compra dos respiradores. 

De acordo com o inquérito, entre abril e maio de 2020, os recursos públicos foram utilizados para despesas pessoais, incluindo a compra de veículos de luxo, como um SUV Volkswagen Touareg, um caminhão Mercedes-Benz Accelo 815 e um Mitsubishi ASX, além do pagamento de faturas de cartão de crédito que totalizaram R$ 149.378,74 e mensalidades escolares. 

A Polícia Federal identificou que ao menos R$ 5 milhões foram repassados a empresas sem relação com o fornecimento de respiradores, incluindo empresas de administração de bens, do ramo imobiliário e fundos de investimento. 

A investigação também revelou que a dona da Hempcare, Cristiana Taddeo, em delação premiada, admitiu o pagamento de comissões milionárias a lobistas que teriam intermediado o contrato com o Consórcio Nordeste. Um dos lobistas, Cleber Isaac, alegou ter influência na gestão do então governador da Bahia, Rui Costa, que presidia o consórcio na época. 

Recentemente, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu inocentar o então secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, responsável pela emissão dos empenhos para o pagamento, contrariando pareceres técnicos que apontavam irregularidades e recomendavam aplicação de multa. 

O inquérito, que tramitava na primeira instância da Justiça Federal da Bahia desde 2023, foi devolvido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) após decisão judicial, considerando as mudanças de entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre foro privilegiado. 

A investigação continua em andamento, com a Polícia Federal buscando recuperar os valores desviados e responsabilizar os envolvidos no esquema.

Foto: CGU