Bolsa Família: mercado elogia mudanças, mas vê efeito limitado no fiscal

Economistas ouvidos pela CNN avaliam como positivas as mudanças anunciadas pelo governo no programa Bolsa Família, mesmo que o potencial de economia para os cofres públicos seja considerado limitado.

Como noticiado pela CNN, o governo publicou nesta quinta-feira (15) uma portaria que altera a chamada “regra de proteção” do programa — que permite que famílias continuem recebendo o benefício mesmo após um aumento de renda, desde que ainda estejam em situação de vulnerabilidade.

Na prática, a norma reduz o período de transição para permanência no programa. A partir de junho, famílias que tiverem aumento na renda continuarão recebendo o Bolsa Família por até um ano. Atualmente, esse prazo é de dois anos. Além disso, o valor máximo para ingresso na chamada regra de proteção será reduzido de R$ 759 para R$ 706.

Hoje, esse limite está atrelado ao salário mínimo. Com a nova portaria, o valor de R$ 706 será fixado, sem depender dos reajustes do mínimo. A medida, segundo fontes do governo, busca gerar economia para ajudar no cumprimento das metas do Orçamento de 2025.

Para Daniel Duque, pesquisador do FGV/Ibre, a principal mudança está na desvinculação do critério de elegibilidade do salário mínimo.

“A proposta cria uma nova linha de transição de até R$ 706 para a família, que deixa de estar atrelada ao salário mínimo. Vincular a linha de elegibilidade ao mínimo é problemático, porque o salário mínimo está ligado à produtividade e a outros fatores que não deveriam interferir diretamente nos critérios de programas sociais”, explica o economista.

O pesquisador avalia que a medida deve gerar uma economia de cerca de R$ 1 bilhão para os cofres do governo, o que pode ajudar o governo a cumprir a meta fiscal.

Esse valor, no entanto, é ínfimo diante da necessidade de reequilibrar as contas públicas, que seguem pressionadas por outras despesas.

Fonte: CNN Brasil

Prefeitura inicia cadastro para comércio informal junino em canteiros centrais de Natal

A Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), iniciou o cadastramento de comerciantes informais interessados em atuar temporariamente na venda de produtos típicos durante o mês de junho. O cadastro deve ser feito entre os dias 15 e 30 de maio de 2025, na sede da Semsur, mediante apresentação de RG, CPF e comprovante de residência.

A ação contempla entre 25 e 30 comerciantes, que poderão se instalar em canteiros centrais de avenidas como Antônio Basílio, Prudente de Morais, Ayrton Sena, Roberto Freire e outras, inclusive na Zona Oeste da capital. A medida busca garantir organização, segurança e geração de renda no período das festividades juninas, uma das mais tradicionais do calendário nordestino.

Para os interessados em vender fogos de artifício, será obrigatória a apresentação de licença do Corpo de Bombeiros e a presença de extintor tipo ABC. Mais informações estão disponíveis na sede da Semsur, na Rua Princesa Isabel, 799 – Cidade Alta.

Tomba Farias volta a cobrar solução para falta d’água em Santa Cruz

O deputado estadual Tomba Farias (PL) voltou a ocupar a tribuna da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte para falar, mais uma vez, sobre o grave problema da falta d’água no município de Santa Cruz. O parlamentar criticou a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern), apontando a má gestão da empresa como principal responsável pela situação enfrentada pela população.

“O povo de Santa Cruz não tem água nas torneiras. Estamos vivendo um verdadeiro caos, um estado de calamidade”, declarou Tomba, indignado.

O deputado também reagiu às declarações do presidente da Caern, Roberto Linhares, que, segundo ele, teria insinuado a possibilidade de processá-lo judicialmente. Tomba foi enfático: “Estou pronto para ser processado pelo senhor, mas não deixarei de cobrar uma solução para esse problema que tanto aflige o povo de Santa Cruz”. 

Durante o pronunciamento, o deputado Gustavo Carvalho (PSDB) aparteou Tomba para prestar solidariedade e reforçar a crítica. “Quero me somar a vossa excelência nessa luta e registrar meu repúdio à postura do presidente da Caern, tanto em relação ao senhor quanto à nossa Casa Legislativa”, afirmou.

Como até 3% do seu Imposto de Renda pode salvar vidas, e não custa nada a mais por isso

Você sabia que é possível transformar parte do seu Imposto de Renda em um gesto de solidariedade e o melhor, sem pagar nada a mais por isso? A Receita Federal estima que, anualmente, cerca de R$ 14 bilhões poderiam ser destinados por pessoas físicas a projetos sociais. No entanto, em 2024, apenas 2,43% desse valor foi efetivamente encaminhado a instituições filantrópicas. Isso significa que bilhões de reais deixaram de chegar a quem mais precisa simplesmente por desconhecimento ou falta de orientação.

A boa notícia é que mudar esse cenário está ao alcance de cada contribuinte que opta pelo modelo completo da declaração do IR. É possível destinar até 3% do imposto — seja ele a pagar ou a restituir — a projetos aprovados que cuidam da infância e da adolescência, por exemplo. Um desses projetos é o do Hospital Pequeno Príncipe, o maior hospital pediátrico do Brasil, que atende 60% de seus pacientes pelo SUS e depende do apoio de doações para manter sua excelência no cuidado com a saúde infantil.

Ao fazer essa destinação, você não está abrindo mão de mais dinheiro: você apenas está decidindo o destino de uma parte do que já seria pago à Receita. É uma escolha consciente, cidadã e poderosa. Com alguns cliques na própria declaração, você pode ajudar diretamente instituições que realizam um trabalho sério e essencial para milhares de vidas.

O baixo índice de destinações se dá, muitas vezes, por desinformação ou pelo medo de errar no preenchimento da declaração. Mas o processo é simples e seguro. Ao escolher fazer essa destinação, você se torna parte de uma corrente do bem que transforma realidades e salva vidas, mostrando que a solidariedade pode, sim, fazer parte da rotina tributária.

O momento da declaração do Imposto de Renda pode ser, também, um momento de responsabilidade social. Não deixe essa oportunidade passar. Informe-se, escolha o projeto em que acredita e faça sua parte. Transformar vidas com seu imposto nunca foi tão simples e tão necessário.

Licenciamento ambiental: CMA terá uma semana para avaliar relatório de Confúcio

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado iniciou nesta terça-feira (13) a análise do projeto da Lei Geral do Licenciamento Ambiental (PL 2.159/2021), que visa simplificar e agilizar os processos de licenciamento, especialmente para atividades de menor impacto ambiental.

O relator do projeto, senador Confúcio Moura (MDB-RO), apresentou seu parecer com base em um texto comum construído em conjunto com a senadora Tereza Cristina (PP-MS), relatora na Comissão de Agricultura (CRA). A proposta recebeu 93 emendas até o momento, e a votação foi adiada após a concessão de vistas coletivas.

Confúcio destacou que a proposta busca regulamentar o artigo 225 da Constituição, enfrentando um “emaranhado de normas” e criticou a falta de avanço na pauta ao longo dos últimos 20 anos. O relator defendeu que o texto considera o potencial poluidor de cada atividade e negou pressões do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, na tramitação do projeto.

A proposta mantém a dispensa de licenciamento para algumas atividades agropecuárias, o que gerou polêmica. Confúcio justificou que há diferenciação de regras conforme o porte e o impacto ambiental dos empreendimentos, como no caso da pecuária intensiva.

O presidente da CMA, Fabiano Contarato (PT-ES), reforçou que o objetivo é não travar projetos na comissão, permitindo que sejam votados em Plenário, respeitando o processo democrático.

Senadores como Esperidião Amin (PP-SC), Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e Zequinha Marinho (Podemos-PA) manifestaram apoio à urgência do projeto e criticaram o excesso de burocracia e o que chamaram de “ações abusivas” do Ibama em algumas regiões. Segundo eles, a legislação atual prejudica a produção e o desenvolvimento econômico do país.

O relatório deve voltar à pauta na próxima reunião da CMA.

Fonte: Agência Senado