Câmara de Natal aprova projetos e homenageia Cláudio Porpino

Durante a Sessão Ordinária da terça-feira (3), a Câmara Municipal de Natal apreciou oito projetos de lei, sendo seis em primeira discussão. Entre os destaques, está a aprovação em segunda discussão do PL nº 471/2024, de autoria do vereador Eriko Jácome (PP), que torna obrigatório o uso de câmeras de monitoramento em estabelecimentos que comercializam materiais de ferro-velho no município.

“Essa medida tem como objetivo coibir furtos em nossa cidade. Quando instalamos câmeras nesses locais, estamos inibindo a receptação de produtos furtados e, assim, desestimulando o crime”, explicou Eriko.

Também foi apreciado o PL nº 473/2023, do vereador Chagas Catarino (União Brasil), que institui a campanha municipal “Por uma Infância sem Racismo”. A proposta visa promover ações educativas nas escolas da rede municipal, com foco na proteção das crianças e na prevenção do racismo.

“O projeto nasceu da escuta com professores e educadores. A ideia é promover uma campanha forte, de conscientização nas salas de aula, para que nossas crianças cresçam sabendo dizer não ao racismo”, afirmou o autor da proposta.

Outro ponto importante da sessão foi a aprovação da abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar as negativas de planos de saúde a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A iniciativa surgiu após audiência pública promovida pela Comissão de Defesa do Consumidor.

“Ouvimos pais, mães e representantes de entidades ligadas ao TEA, mas os planos de saúde sequer compareceram. A CEI vai investigar essas negativas e, se for o caso, encaminhar relatório ao Ministério Público para responsabilização dos envolvidos”, declarou o vereador Kleber Fernandes (Republicanos), presidente da comissão.

A sessão também foi marcada por homenagens ao produtor cultural, ex-deputado estadual e ex-dirigente do ABC Futebol Clube, Cláudio Porpino, que faleceu na segunda-feira (2), vítima de mal súbito.

Os vereadores apresentaram o PL nº 407/2025, de autoria do vereador Aldo Clemente (PSDB), que denomina de “Avenida da Alegria Cláudio Porpino” a Rua Tenente Everaldo Borges de Moura, na Redinha, reconhecendo o local como “Polo Cultural Avenida da Alegria”. A emenda foi apresentada pelo presidente da Casa, vereador Eriko Jácome, e subscrita por diversos parlamentares.

“Porpino deixa um legado de alegria, cultura e dedicação à cidade. Essa homenagem é uma forma de eternizar sua contribuição para o povo natalense”, destacou Aldo Clemente. Já Eriko reforçou: “Ele levou alegria a multidões e merece ser lembrado como símbolo de cultura e entusiasmo pela cidade”.

Nota de Pesar: Cláudio Porpino (1965–2025)

Faleceu nesta segunda-feira, 2 de junho, em Natal, o ex-deputado estadual Cláudio Porpino, aos 59 anos, vítima de um mal súbito.

Porpino teve uma carreira marcada pela dedicação à vida pública, à cultura potiguar e ao esporte. Foi parlamentar atuante, produtor cultural e conselheiro apaixonado do ABC Futebol Clube.

Em 2023, superou graves problemas de saúde, mostrando força e resiliência.

Nossos sentimentos aos familiares, amigos e admiradores. Que descanse em paz.

Foto: Reprodução

Candidatura de Fátima Bezerra ao Senado é prioridade de Lula e do PT

O PT do Rio Grande do Norte vai priorizar a candidatura de Fátima Bezerra para o Senado objetivando elegê-la e fortalecer a bancada federal do partido no Congresso Nacional. Essa decisão atende a apelos de Lula da Silva que se considera um eterno presidente da República, o que não é bem assim: Lula está desgastado politica e eticamente, daí a tarefa ser considerada difícil por observadores da política.
Tanto Lula quanto Fátima estão passando por maus momentos com baixos índices de popularidade que influenciarão negativamente na campanha eleitoral de ambos em 2026.
No caso da governadora, ela decidiu apresentar Cadu Xavier para ser o seu candidato a governador: Cadu é um técnico competente, conhecedor dos problemas do Estado e pode potencializar a candidatura de Fátima Bezerra ao Senado, subsidiando-a com números e dados concretos sobre a situação do Estado e o que foi possível fazer mesmo em anos de crises conjunturais. Isso poderá refletir positivamente ajudando a então ex-governadora petista a conquistar uma das vagas no Senado da República. Fátima é “matreira” e não se pode subestimá-la. Ela está visitando o Estado inteiro, conversando com lideranças políticas e com a população, cabalando apoios e votos para se eleger senadora nas eleições do próximo ano.

Inteligência Artificial nas Eleições de 2026: Avanço Democrático ou Ameaça à Integridade do Voto?

A inteligência artificial (IA) promete desempenhar um papel central nas eleições de 2026, oferecendo tanto oportunidades inéditas quanto riscos significativos para o processo democrático. De um lado, campanhas políticas têm explorado algoritmos de IA para segmentar eleitores com precisão, personalizar mensagens e otimizar recursos de maneira eficiente. A automação da criação de conteúdos e a análise em tempo real de dados eleitorais permitem decisões mais rápidas e assertivas, tornando as campanhas mais ágeis e conectadas com o público. Ferramentas também vêm sendo desenvolvidas para detectar e sinalizar a desinformação, um dos principais desafios do ambiente digital.

No entanto, os perigos também são substanciais. O uso indevido da IA pode comprometer seriamente a legitimidade das eleições. A proliferação de deepfakes, vídeos e áudios manipulados com realismo assustador, já afetou figuras públicas, como Tábata Amaral, candidata a prefeita de São Paulo em 2024, e Marina Helena, que concorreu à Prefeitura de Brasília no mesmo ano. Casos como esses mostram o potencial da IA de enganar eleitores de forma quase imperceptível. Além disso, algoritmos mal utilizados podem automatizar a disseminação de fake news em larga escala, afetando o debate público e a formação da opinião dos eleitores. Outro risco é a chamada discriminação algorítmica, quando sistemas de IA reproduzem ou amplificam preconceitos existentes, prejudicando grupos historicamente marginalizados.

Diante desse cenário, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem tomado medidas preventivas, como proibir conteúdos falsos gerados por IA e exigir a identificação clara de materiais produzidos com essas tecnologias. Ainda assim, a ausência de uma legislação nacional específica sobre o tema abre espaço para abusos e incertezas. Com a previsão de que as eleições de 2026 terão um uso ainda mais intenso dessas ferramentas, especialistas defendem regulamentações mais robustas e políticas de transparência.

O futuro das eleições está sendo moldado agora. Cabe às instituições, aos candidatos e à sociedade garantir que o uso da tecnologia fortaleça a democracia, e não se torne um instrumento de manipulação ou desigualdade.