Oportunidade Desperdiçada

O que era para ser um debate de propostas para governar o Brasil com perguntas e respostas de interesse da população brasileira transformou-se num “ringue” de MMA entre os candidatos à presidência do Brasil, notadamente por parte dos opositores do presidente Jair Bolsonaro que a todo momento ficou na defensiva sem chance de prestar contas do seu governo e impossibilitado de apresentar propostas. O ex-presidente Luiz da Silva também foi bastante questionado sobre os supostos desmandos do seu governo, limitando-se a se defender, sempre no seu estilo dissimulado. Parece que Luiz da Silva acostumou-se com a situação desconfortável que vive há anos, sempre na defensiva sobre as graves acusações, mas sem esboçar reações raivosas. Tranquilo, tranquilo, parecendo até que não aconteceu nada de errado no seu governo. Os demais candidatos que participaram da “refrega” da BAND praticamente não apresentaram propostas, preferindo entrar na onda das acusações e do debate rasteiro. Ciro Gomes, do PDT, mais uma vez foi fiel ao seu estilo denunciador – as vezes deselegante – desrespeitoso e até irresponsável. Chegou a discutir acintosamente com o presidente recandidato, enquanto os demais postulantes procuravam a todo instante incriminar o presidente, principalmente nas citações sobre o Orçamento Secreto e condução do processo de combate à pandemia. Ouviu-se o que já era esperado. Uma boa oportunidade desperdiçada.

Cavalgada também é cultura

Por Ricardo Sobral (encangador de grilo, contador de lorota, amansador de burro brabo, mestre em canjica e pirão de peixe.)

Esse casarão, de onde partiu a cavalgada de Seu Guilherme (Peru), pertenceu inicialmente ao Barão de Mamanguape, Flávio Clementino da Silva Freire ( 1816-1900).
Bacharel em Direito, o Barão foi proprietário dessa fazenda de açúcar, a qual, posteriormente, foi usada pelo Dr. Renato Ribeiro Coutinho, sede da Usina Santa Helena.
O Barão de Mamanguape foi deputado geral pela Paraíba, Senador do Império e várias vezes Presidente da Província da Paraiba do Norte.
Foi agraciado com o título de Barão aos 44 anos, viveu 40 anos como Barão.
O Barão deixou um casal de filhos. Um neto dele, Cônego Mathias da Silva Freire, foi um dos 10 fundadores da Academia Paraibana de Letras.
A Paraiba é terra de grandes poetas (Augusto dos Anjos), o Cônego era um deles. O amor, o belo e a natureza eram a temática de seus poemas. Era um liberal.
Parabéns a Seu Guilherme e aos demais participantes pela temática da cavalgada.

Enfadonho e Repetitivo

O candidato Luiz da Silva, durante entrevista na TV Globo, não apresentou nada de novo nem convincente ao eleitorado brasileiro. Foi enfadonho e repetitivo nos 40 minutos que teve direito. Entretanto, reconheceu que houve corrupção na Petrobras no seu governo. Como sempre faz, criticou a Lava Jato e disse que se for eleito presidente não permitirá roubalheira no seu governo. Sempre se colocando na condição de vítima, o ex-presidente elogiou Dilma Rousseff dizendo que o primeiro mandato da sua “apadrinhada” foi “extraordinário”, mas errou no caso da gasolina. Renata Vasconcelos e Willian Bonner não conduziram a entrevista da forma deselegante e tendenciosa como fizeram com Bolsonaro, pelo contrário, repetiram o estilo adotado com Ciro Gomes. Uma espécie de paz e amor. No seu jeito populista e dissimulado, Luiz Inácio negou que esteja havendo reações contrárias dentro do PT à presença de Geraldo Alckmin na chapa majoritária do seu partido na condição de candidato a vice-presidente, quando se sabe que isso é uma realidade. Luiz Inácio (ex-Lula), continua o mesmo. Poderá até ter uma sobrevida política, mas seguramente caminha para o fim da sua vida pública.

Didática e Civilizada

Uma entrevista didática e civilizada com Ciro Gomes, do PDT, o segundo candidato à presidência da República entrevistado por Willian Bonner e Renata Vasconcelos, da TV Globo. Os entrevistadores comportaram-se bem, com naturalidade e discrição como deve ser um bom profissional do jornalismo. Ao contrário do que aconteceu com o presidente Jair Bolsonaro, o primeiro entrevistado da série, com os principais candidatos. Na oportunidade anterior os “todos poderosos”da Globo foram deselegantes, desrespeitosos e parciais. Agora, não, respeitaram o candidato e fizeram questionamentos pertinentes. Foram quase que subservientes. Bonner comportou-se com naturalidade e foi objetivo, sem o sarcasmo e a ironia da vez anterior. Renata, igualmente, manteve-se comportada e sem o nervosismo anterior, como que uma confissão de culpa. Ciro Gomes, sem os arroubos e sem o descontrole emocional quer costuma ter. Demonstrou conhecer os problemas do Brasil e as soluções para resolvê-los. Não houve agressões pessoais nem perguntas capciosas. O questionamento é o seguinte: por que não aconteceu da mesma forma na entrevista com o presidente Jair Bolsonaro? O bom jornalismo não se pratica dessa maneira, com dois pesos e duas medidas, como diz o ditado popular.

Uma inquisição em vez de entrevista

O que deveria ser uma entrevista normal, com perguntas isentas e objetivas, transformou-se numa verdadeira inquisição protagonizada pelos apresentadores Willian Bonner e Renata Vasconcellos, da TV Globo. Foram 40 minutos de revanchismo e questionamentos odiosos. O presidente Jair Bolsonaro manteve-se calmo respondendo a todas as perguntas que foram previamente preparadas com o objetivo de intimidá-lo. Muitas, equivocadas, foram rechaçadas a bem da verdade. Em todos os momentos os “globalistas” interrompiam o entrevistado para que o raciocínio e as respostas não fossem concluídos. Depois de Willian Bonner fazer uma pergunta tendenciosa sobre entendimentos com o Centrão, o presidente disse que o apresentador estava lhe estimulando a ser ditador. Num determinado trecho da entrevista o presidente Jair Bolsonaro garantiu que respeitará o resultado das urnas, desde que “limpo”. Por fim, o presidente destacou duas ações do seu governo que considera importantes: Auxílio Brasil e Transposição das águas do Rio São Francisco. Pela sua parcialidade, deselegância e falta de profissionalismo a condução da entrevista repercutiu negativamente junto a significativa parcela da população brasileira.