“Conversa foi quem fechou o Cova da Onça”

Por Ricardo Sobral, contador de causos e lorotas e amansador de burro brabo.

CASCUDINHO

Vez por outra ainda se ouve em Natal a expressão “conversa foi quem fechou o Cova da Onça.”
Fazer o quê, se conversar é a única coisa que aprendi, ainda que claudicando no vernáculo?
Depois, conversar faz um bem danado. É como quem canta: seus males espanta.
Como evito lugares perigosos, tipo bar e estádio de futebol, nem vejo TV, tempo é o que não me falta para conversar.
Converso com vigia de rua, feirante, pescador, vaqueiro, magistrado, ministro, professor, empresário. Aprendo com todos. Converso até com quem não conheço, através dos textos que ouso cometer. Entretanto, não sou um causeur, nem detentor da “arte da conversação” como diria Câmara Cascudo.
Falar no autor do Dicionário do Folclore Brasileiro, se eu fosse “arturidade ou tivesse algum valor” ( Fulô do Mato) eu baixaria um Decreto tornando obrigatório chamá-lo de Cascudinho, como faziam os antigos para distinguí-lo do pai, o Coronel Cascudo.
Da minha parte, há muito dou minha contribuição, mesmo não o tendo conhecido, chamando-o de Cascudinho.
É o nosso maior patrimônio cultural.
Gênio!
Nessa madrugada reli sua Casa do Cunhaú (Ed. do Senado).
Cada leitura, novas descobertas.
Sei da existência no RN de uma biblioteca particular, pertencente a um acadêmico que conheceu bem Cascudinho, na qual se encontra praticamente toda a obra cascudiana, livros e plaquetes, inclusive as publicadas fora do Brasil.
Mesmo assim, temo o dia em que o genial Cascudinho venha a ser mais lembrado lá fora do que aqui, onde, segundo ele, é terra que não consagra ou desconsagra ninguém.
Viva Cascudinho.

Styvenson caminha para o esquecimento ou para a consagração

O ex-deputado José Adecio que exerceu vários mandatos na Assembleia Legislativa e foi prefeito de Pedro Avelino, já dizia na sua sabedoria de homem simples do campo, criador de boi e carneiro, que o político tem que ter lado e cara, numa referência negativista aos que mudam de partido e de líderes a vida inteira. Adecio, permaneceu no PFL/DEM a maioria do seu tempo de vida pública, sempre ao lado do então governador e senador José Agripino, de que foi auxiliar na antiga e extinta CIDA – Companhia Integrada de Desenvolvimento Agropecuário. Entretanto, o que se verifica atualmente são políticos mudando de partido e de lado a todo momento. O deputado Vivaldo Costa, conhecido nos meios político como “Papa Jerimum”, costuma dizer que “longe do Poder não tem salvação”. Outro governista convicto, deputado Raimundo Fernandes, que mantém seu gueto eleitoral no Alto Oeste, segue a mesma prática do papa, daí ter sido eleito várias vezes com “bençãos” de governadores, sejam eles de quais partidos forem. No momento, Vivaldo e Raimundo viraram agregados da petista Fátima Bezerra. A citação inicial serve para agregar conceito junto ao senador Styvenson Valentim que até agora não se sabe o que danado ele é nem o que pensa, Styvenson não tem lado nem cara e continua uma incógnita – para ele próprio e para o eleitor. Polêmico, sem posição definida e com futuro incerto na política do Rio Grande do Norte, o capitão que virou senador sem ser conhecido no Estado, caminha para o esquecimento ou para a consagração.

Processo sucessório estadual continua indefinido

O processo sucessório estadual continua totalmente indefinido, e quem acredita em vitória nesse momento está enganado e fora da realidade. É o caso do petismo que tem como pré-candidata a governadora Fátima Bezerra. Primeiro, ela tem que melhorar o porcentual nas pesquisas empacado nos 30 e pouco. Em eleição existe um fator importante que se chama tendência, o que vem sendo uma marca positiva do pré-candidato oposicionista Fábio Dantas. Fátima, apesar da vantagem nas pesquisas parou no tempo e nos números, o que pode comprometer a sua reeleição. Outro dado: a governadora não tem discurso para crescer, já que faz uma gestão abaixo do convencional e sem obras para mostrar. O seu principal opositor, Fábio Dantas, caminha numa marcha ascendente rumo ao pódio. Se o oposicionista continuar crescendo, pode empatar e ultrapassar a petista nos próximos dias. Discurso, ele tem para que isso aconteça, enquanto a recandidata enfrenta o desgaste natural do cargo com insatisfações generalizadas e o ônus de pertencer a um partido desmoralizado e ter recebido um Estado em débito com seus funcionários e prestadores de serviço. Aí se deduz o seguinte: ou Fátima Bezerra arranja uma estratégia para vencer a eleição no primeiro turno, o que é extremamente difícil e complicado, ou vai para um segundo turno contra uma oposição unida e fortalecida, aumentando assim, o nível de dificuldade para ela. Entretanto, para que isso aconteça é preciso que não só Fábio Dantas continue crescendo nas pesquisas mas os outros pré-candidatos também, notadamente o capitão Styvenson Valentim, terceiro colocado nas pesquisas de opinião pública. Até agora o senador tem sido uma incógnita, não se sabendo se ele será, ou não, candidato a governador. O capitão continua misterioso, imprevisível e polêmico. O prefeito Álvaro Dias e o ex-senador José Agripino também ainda não se definiram, mas certamente optarão pela candidatura do oposicionista Fábio Dantas. O apoio de Álvaro e Agripino poderá ser decisivo para uma vitória de Fábio Dantas para governador nas eleições de outubro.

Antônio Jácome e Jacó Jácome serão candidatos nas eleições deste ano

O ex-vice governador Antônio Jácome, do PSD, e o presidente da legenda no Estado, Jacó Jácome confirmam que serão candidatos nas eleições deste ano. Antônio Jácome, que é evangélico e médico com relevantes serviços prestados ao Rio Grande do Norte, disputará uma vaga na Assembleia Legislativa, enquanto seu filho, igualmente, evangélico, e exercendo mandato de deputado estadual no momento, será candidato a uma vaga na Câmara Federal. A confirmação do projeto político dos dois líderes partidários foi anunciado no programa “Doze em Ponto” da 98 FM apresentado pela jornalista Ana Karina e Túlio Lemos. “Quero voltar à política partidária para dar continuidade ao trabalho social que iniciei há alguns anos, voltado para promoção do bem e ajuda humanitária que cultuo ao longo da minha vida”, disse Antônio Jácome. Ele reitera o propósito do PSD de ouvir todos os seus filiados no próximo dia 12 deste mês para deliberar sobre estratégia e posicionamento político com vistas as eleições de outubro, assegurando que o partido elaborou uma boa nominata objetivando eleger o maior número possível de deputados. Questionado sobre a participação evangélica na política, Antônio Jácome considera salutar, afirmando: “é legítimo que cada segmento se faça representar nos parlamentos, e os evangélicos são um segmento importante e plural”, concluiu Antônio Jácome.

Deputado Girão articula ações do governo para minimizar efeito das enchentes

Parlamentar mais identificado com o “bolsonarismo” no Rio Grande do Norte, o deputado General Girão Monteiro, do PL, está tendo uma participação efetiva e de destaque nas articulações para socorro emergencial à população atingida pelo excesso de chuva em Natal e no interior do Estado nas últimas 24 horas. O deputado Girão manteve contatos imediatos com autoridades ministeriais do Governo Federal solicitando urgência no atendimento aos desabrigados, que são muitos, e encontram-se em situação desesperadora em razão de perdas materiais. Na capital, por exemplo, foram atingidos praticamente todos os bairros, deixando um rastro de destruição. O exemplo do deputado Girão devia ser seguido pelos demais parlamentares federais reivindicando dos governos – federal e estadual, ações efetivas, não só agora, mas posteriormente à calamidade. Não é possível que essa situação (alagamentos) continue acontecendo sem que haja uma solução definitiva. O Rio Grande do Norte precisa da união de todos nesse momento de aflição, independentemente de cor partidária ou posicionamento político-ideológico. Não é possível que entre prefeito e saia prefeito e esse desastre não seja eliminado. Milhões de reais são gastos todos os anos com festanças desnecessárias enquanto a população sofre com alagamentos invadindo residências, provocando prejuízos materiais e mortes. Até quando? Má vontade ou incompetência? É preciso também, a cooperação da população no sentido de não jogar lixo nas ruas, piorando ainda mais o grave problema dos alagamentos .